Agora é oficial -- campus Macaé está em GREVE

   No dia 10 de agosto de 2011, reuniu-se no auditório do nosso campus os nossos servidores para, decidir se haveria ou não a greve. "Decidir". No fundo todos sabíamos que esta greve seria deflagrada. No entanto, não devemos pensar que toda a nossa luta foi em vão. Um discurso empolgante e eloquente como o que o Ottavio fez nunca será em vão. É num momento como esse que devemos mostrar que a forma que eles fazem greve esta          errada, para que não seja uma greve em vão. E não podemos esquecer do Ramon, cujo discurso foi o único com bases constitucionais naquela reunião. Depois destes discursos feitos com maestria, uma nova esperança se delineava no horizonte: parecia, por um momento, que a opinião dos servidores mudaria, que a greve não seria deflagrada afinal. Mas na hora da votação, as nossas esperanças foram brutalmente assassinadas pela maioria absoluta dos votos. A decepção foi tão grande que o impulso inicial de todos nós foi de nos retirarmos da reunião, mas ainda não era a hora. Assim como foi decidido em assembléia geral, era a hora de fazer o possível para que a greve termine o mais rápido possível. Foi instituído o Comando de Greve, que decidirá os detalhes acerca da greve, contando com dois alunos da engenharia e dois do ensino médio, sendo estes o Ottavio Rodrigues e Felipe Medeiros. Agora só nos resta torcer.

As táticas da oposição ( ao Marcelo )

Antes de mais nada gostaria de pedir perdão por passar todo esse tempo sem postar. Isto ocorreu devido aos incidentes ocorridos durante a campanha eleitoral para membro do conselho de campus. Na minha última postagem exteriorizei a confiança que eu tinha, e, sinceramente, se a eleição fosse feita naquele dia, eu teria ganho. No entanto, no dia seguinte, a oposição mostrou sua cara, e fez comigo o que tinha feito antes nas eleições para diretor e para reitor: jogou sujo. Eles fizeram várias acusações sem fundamento, todas improcedentes segundo a própria comissão eleitoral, mas isso não tudo, aliás, isso não foi nada. Eles espalharam essas acusações para os eleitores! Acusar alguém sem o menor fundamento é anti-ético, mas espalhar estas acusações é difamação, é ilegal e imoral. Porque não denunciei? Como tenho tanta certeza que eles fizeram isso? A história foi exatamente esta: Ao voltar da piscina (eu trabalho lá) encontrei com uma amiga, e por curiosidade perguntei se ela já havia votado. A resposta foi essa:

• Olegário, eu ouvi coisas horríveis sobre sua candidatura
• Coisas? Que coisas?!
• Me disseram que você estava fazendo companha hoje, que estava fazendo boca de urna...

Irado, eu a expliquei que eles tinham feito essas acusações mas que foram todas julgadas improcedentes, e que ainda que fossem verdadeiras, seriam um crime espalhar isto antes mesmo da apuração da denuncia. Fui ao presidente da comissão ( Carlos Silva ), e este me instruiu a não denunciá-los sem ter ao menos uma testemunha. Então retornei à minha amiga, suplicando-lhe que me ajudasse, que me fizesse justiça, e como resposta obtive:

• Me desculpe, Olegário, vai ter de procurar outra pessoa, eu não fui a única a ouvir isto.

E então hoje, mais uma vez, eles colocaram suas garras de fora: Na reunião da SINASEFE, eles defenderam uma greve de professores, uma greve abusiva, que provavelmente nos tomará as festas de fim de ano, e mais vários anos para ajustar o calendário. E depois disso tudo o que a gente faz? A gente continua com a nossa estratégia que é difícil e quase ineficaz, mas é ética e verdadeira, e tem como objetivo favorecer você, aluno. Ou melhor: favorecer a nós, alunos.

Melhor que a encomenda

   Quando me inscrevi para membro do conselho, não podia imaginar o quão grande seria a minha aceitação. Me imaginei fazendo uma campanha árdua, com muitas rejeições, ect... mas não foi bem isso que aconteceu. Eu tentava abordar as pessoas de forma sutil, ressaltando com a maior humildade possível os meus pontos fortes e que estaria no conselho de campos por elas, para ser um instrumento de seu poder, nada mais que isso. A receita saiu-se melhor que a encomenda. As pessoas demostraram uma aceitação incrível, e mesmo aquelas que já tinham uma opinião formada mudaram sua opinião, garantindo-me com toda a sinceridade que votariam em mim. Muito obrigado, pessoal, pelo apoio. Graças a vocês me sinto muito confiante, capaz de vencer a eleição.

   Esta foi uma das eleições mais curtas de que já participei, e mais tranquilas também. Houveram apenas duas advertências: uma para a chapa do Luiz Felipe ( vulgo Macabu ), por utilizar recursos da escola, e outra para a minha, por fazer campanha ( pouco ) antes do prazo estabelecido, postagem esta que só apresentou característica de campanha por causa da última frase, pois todo o resto do artigo apenas informava que eu me inscrevi. No entanto o erro foi cometido, e por isso, gostaria de aproveitar a oportunidade para me desculpar com todos vocês.

A Força dos Alunos

É fácil deduzir (erroneamente) que os alunos não têm força alguma. E realmente não têm se não souberem utilizar as ferramentas que estão à sua disposição, e a prova disso foi um fato ocorrido no dia 14 de junho, no IFF campus macaé, quando dezenas de alunos revindicaram seus direitos perante o Diretor de Ensino, Ivan Costa. Mas mais importante foi que a ata da Assembléia Geral, com mais de 140 assinaturas foi decisiva para o adiamento da semana de recuperações semestrais. São fatos como esse que mostram como os alunos desta instituição são capazes de exercer a sua cidadania.

Um outro ponto a ressaltar foi a presença dos calouros nesta assembléia. Eles foram maioria, mesmo tendo a assembléia acontecido no turno da tarde. Isso quebra o esteriótipo de que os calouros estão alienados aos assuntos da escola, situação em que na verdade se encontram os demais alunos. Parabéns calouros, pelo exercício de sua cidadania, pelo bem que fizeram a todos os alunos desta instituição, e por sua consciência política ímpar.